Este blogue é um espaço de partilha, de promoção de experiências para que continuemos a caminhar fortes, neste percurso da educação de Infância



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terça-feira, 29 de novembro de 2011


         “Os afetos e as relações interpessoais no contexto educativo”
    

       Após ter assistido, no sábado passado, na Escola Superior de Educação Jean Piaget de Arcozelo ao seminário “Os afetos e as relações interpessoais no contexto educativo” proferido pela Doutora Maria João Gaspar, fiz um exercício de reflexão o qual traduz os seus resultados no que escrevo a seguir.

Enquanto profissionais de Educação de Infância temos que combater a visão assistencialista ainda enraizada na actualidade, relativamente à creche e dar-lhe o estatuto de verdadeiro contexto educativo, estruturada sob uma filosofia e princípios de desenvolvimento global da criança.
Não podemos limitar acção educativa à satisfação das necessidades básicas das nossas crianças, como se isso fosse o necessário e suficiente.
Educar na creche é mais do que “dar um bom colo”. Educar, no seu pleno sentido, exige o respeito e a valorização das potencialidades das crianças e a sua formação ao nível de valores sociais, culturais e humanos.
Educar é realizar a mais bela e complexa arte de inteligência. Educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lágrimas. Educar é ter sabedoria e colher com paciência” (Augusto Cury). Estabelecer vínculos afectivos com a educadora, estabelecer relações com outros adultos, criar relações com os pares, expressar emoções, mostrar empatia pelos sentimentos e necessidades dos outros, desenvolver o jogo social, permitem á criança confiar nela própria e nos outros.
Para que este desenvolvimento ocorra, é importante que a criança sinta que é amada que tenha oportunidades para brincar e aprender num ambiente seguro e protector. Só assim é que desenvolve a sua auto-estima, autoconfiança, segurança e capacidade de se tornar independente face aos desafios futuros com que irá confrontar ao longo do seu desenvolvimento.

A Doutora Maria João Gaspar dizia que “educar sem afetos é barrar a alegria de ser criança.
”É fundamental retirar “nós” e criar “laços” para toda a vida.

Rosa Martino

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Teatro de Sombras da história "Grilos e Grilões"


No âmbito da Unidade Curricular de Expressões Integradas - Expressão Dramática com orientação do Professor Roberto Merino realizamos um teatro de sombras da História Grilos e Grilões. Apresento algumas fotos de como decorreu o trabalho.








E finalmente o dia da apresentação!

Cuidados a ter com as decorações. Há perigos onde menos se espera!




O Natal é uma época de alegria e convívio. É uma época em que a família se reune, faz as decorações de Natal e prepara os presentes. Mas as decorações podem esconder perigos.


DECORAÇÕES: As crianças podem confundi-las com doces ou brinquedos e colocá-las na boca. Disponha estas decorações em posições mais elevadas, fora do alcance das crianças.


LUZES DA ÁRVORE DE NATAL: Podem provocar incêndios quando sobreaquecidas. Nunca deixar as iluminações ligadas durante a noite ou quando sai de casa.


VELAS: Só devem estar acesas na presença de um adulto. Apague-as se houver crianças por perto ou se sair de casa. Não deixe fósforos ou isqueiros à vista, ao lado das velas.


ÁRVORE DE NATAL: Verifique a estabilidade da árvore, de modo a não tombar se a criança lhe mexer.


LAREIRA: Com muitas crianças em casa, no dia de Natal, é preferível não a ter acesa, ou então, certifique-se de que tem uma protecção estável. Verifique igualmente que existe uma ventilação eficaz.


BRINQUEDOS: Pense bem nos presentes que oferece às crianças ou nos brinquedos que lhes são oferecidos. Observe-os atentamente antes de passar para as mãos delas e verifique que devem ser adequados à idade e desenvolvimento das mesmas, para que não se tornem perigosos. Guarde sempre as embalagens dos presentes para que, em caso de problemas, possa reclamar junto do fabricante/importador ou apresentar queixa junto do Instituto do Consumidor.


Associação para a Promoção da Segurança Infantil

  Importância da rotina diária na creche

Segundo as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar,"a sucessão de cada dia ou sessão tem um determinado ritmo existindo, desde modo, uma rotina que é educativa porque é intencionalmente planeada pelo educador e porque é conhecida pelas crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão, tendo a liberdade de propor modificações. Nem todos os dias são iguais, as propostas do educador ou das crianças podem modificar o quotidiano habitual."
Considero que na creche a rotina diária é indispensável para a aprendizagem da vivência em grupo, para a construção da autonomia, para o processo de organização do tempo e do espaço, permitindo ao mesmo tempo que as crianças sintam mais segurança e estabilidade. Numa sala de creche existe uma ordem de actividades que é respeitada todos os dias: acolhimento, conversa em grande grupo com marcação de presenças, atividades lúdico pedagógicas acompanhadas ou livres, momento de conversa em grande grupo, higiene, almoço, higiene, sono, higiene, lanche e novamente actividades na sala ou no recreio. É através desta rotina diária que as crianças aprendem a noção de tempo. Considero essencial que cada criança tenha o seu tempo para as refeições, quando necessite de dormir mais cedo que as outras crianças, essa necessidade deva ser respeitada e sempre que uma criança não revele pré-disposição para participar numa determinada actividade sugerida pelo adulto, a sua vontade deva ser tida em conta.
A previsibilidade dos diferentes momentos da rotina contribui principalmente para a própria segurança e autonomia da criança.
Cabe a nós Educadores, como agentes do processo educativo, criar condições que facilitem o desenvolvimento das crianças num ambiente sadio e seguro, pois a criança aprende o que vive e vive o que aprende e ter sempre bem presente que ser educador é trabalhar o desconhecido que mora dentro de cada criança.

Rosa Martino

Adaptação à creche - Crianças e pais

Ilustrações de Carla Antunes
Uma das principais preocupações dos Pais em relação à iniciação da Creche dos seus filhos é a Adaptação. Quando os pais colocam o seu filho numa creche são portadores de vários receios e de imensas dúvidas:
- Será que o meu filho vai ficar bem?
- Será que lhe vão dar a devida atenção?
- Será que o vão mimar?
- Será…? Será… ?

Existem demasiadas dúvidas que perturbam muito os pais, principalmente nos primeiros dias de creche. Todas estas dúvidas e inquietações, que tanto atormenta os pais, são compreensíveis e legítimas, pois vão deixar os seus pequenos “tesouros” com pessoas que lhes são estranhas; no entanto sem se aperceberem os pais são os principais transmissores de ansiedade e angústia para as criancinhas.

É geralmente conhecido que os bebés se adaptam com mais facilidade a tudo o que é novo, como novas situações e ambientes, e quanto mais cedo a criança entrar para a creche, mais fácil será a sua Adaptação, apesar de ser uma fase mais complicada para os pais, porque os seus pequenotes são demasiado indefesos.

Nesta fase inicial da vida de uma criança, principalmente quando vai para a creche, há sempre um adulto na sala com quem a criança irá criar laços afectivos mais fortes e intensos, a esta situação, chama-se Vinculação. Esta Vinculação vai dar/trazer à criança uma maior segurança, que vai fazer com que esta se sinta protegida e consiga então, transmitir aos pais que está bem, serena e tranquila sempre que vai para a creche.

Por norma, numa fase inicial, aconselha-se aos pais que nos primeiros dias a criança fique poucas horas na creche, isto acontece porque a ansiedade dos pais é grande e reflecte-se nas crianças.
Uma Adaptação feita nestes moldes ajuda a criança e os pais a se adaptarem de uma forma lenta e gradual, diminuído assim a ansiedade de ambos.

Terminada a primeira semana de Adaptação, é também importante referir que se a criança tiver algum objecto que a acompanha sempre (boneco, fralda de pano, etc.) é importante que esse objecto venha sempre com a criança, pois é chamado de Objecto de Transição. Estes objectos designados por Winnicott, por objectos transaccionais, são usados pela criança como um suporte na conquista da autonomia, uma vez que são uma espécie de substituto materno e permitem à criança organizar-se na ausência das figuras de referência. As crianças ao se sentirem sozinhas na cama, por exemplo, na creche ou jardim de infância, usam esses objectos para se sentirem mais confiantes.
Neste período de ansiedade de separação e angústia a criança pode mostrar relutância em deixar a mãe, rabugenta e difícil de consolar, contudo este comportamento da criança acabara por desaparecer. Este período da Adaptação não tem tempo certo de duração, vai depender de cada criança e de cada caso.


http://www.guiadafamilia.com/guiadospequenos/tema.php?id=10058

domingo, 27 de novembro de 2011

Trabalhos de grupo

Trabalho de grupo - Powerpoint do Movimento da Escola Moderna

http://www.mediafire.com/?rbplamc4falbvd9


Powerpoint sobre a Evolução da Educação de Infância em Portugal

http://www.mediafire.com/?77wbjj84c09xotl

Powerpoint sobre Evolução das Novas tecnologias

http://www.mediafire.com/?0pp6fdh3hjuz2fh

Trabalho de Cosmos sobre o Microscópio

http://www.mediafire.com/?j89il9e6rstmmys

Trabalho de Literatura
http://www.mediafire.com/?loli15lntqrfgbb

Projecto de Intervenção Socioeducativa
http://www.mediafire.com/?fuaz3vrmdl1zb6z

Trabalho de Ecologia

http://www.mediafire.com/?9sx4pr2v29zj66v

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Avaliar: o quê? para quê? para quem?

"Era uma vez...
Uma rainha que vivia em um grande castelo.
Ela tinha uma varinha que fazia as pessoas bonitas ou feias, alegres ou tristes, vitoriosas ou fracassadas. Como todas as rainhas, ela também tinha um espelho mágico.
Um dia, querendo avaliar sua beleza, ela perguntou ao espelho:
— Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?
O espelho olhou bem para ela e respondeu:
— Minha rainha, os tempos estão mudados. Esta não é uma resposta assim tão simples. Hoje em dia, para responder a sua pergunta eu preciso de alguns elementos mais claros.
Atônita, a rainha não sabia o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:
— Como assim?
— Veja bem, respondeu o espelho. — Em primeiro lugar, preciso saber por que Vossa Majestade fez essa pergunta, ou seja, o que pretende fazer com minha resposta. Pretende apenas levantar dados sobre o seu ibop no castelo? Pretende examinar seu nível de beleza, comparando-o com o de outras pessoas, ou sua avaliação visa ao desenvolvimento de sua própria beleza, sem nenhum critério externo? É uma avaliação considerando a norma ou critérios predeterminados? De toda forma, é preciso, ainda, que Vossa Majestade me diga se pretende fazer uma classificação dos resultados.
E continuou o espelho:
— Além disso, eu preciso que Vossa Majestade me defina com que bases devo fazer essa avaliação. Devo considerar o peso, a altura, a cor dos olhos, o conjunto? Quem devo consultar para fazer essa análise? Por exemplo: se consultar somente os moradores do castelo, vou ter uma resposta; por outro lado, se utilizar parâmetros nacionais, poderei ter outra resposta. Entre a turma da copa ou mesmo entre os anões, a Branca de Neve ganha estourado. Mas, se perguntar aos seus conselheiros, acho que minha rainha terá o primeiro lugar. Depois,ainda tem o seguinte — continuou o espelho: — Como vou fazer essa avaliação? Devo utilizar análises continuadas? Posso utilizar alguma prova para verificar o grau dessa beleza? Utilizo a observação?
—Finalmente, concluiu o espelho, — Será que estou sendo justo? Tantos são os pontos a considerar...”

(adaptado de Utilization-Focused Evaluation. Londres, 1997, de Michael Quinn Patton)

Pensando a avaliação nesse contexto percebo o quanto ela é importante e necessária nas escolas atualmente, uma vez que nos últimos anos tem se difundido muito uma concepção de escola autônoma e com gestão participativa. Porém, não me refiro aqui à avaliação da aprendizagem, aquela que todo professor faz com seu aluno. Mas sim, a avaliação da escola como um todo, ou seja, como se deu ao longo de determinado período, as relações, os encaminhamentos, enfim, dizer quais foram os entraves e os facilitadores do desenvolvimento do trabalho escolar. Isso significa avaliar para tomada de decisão,como diria Luckesi, são pontos de partida e não de chegada.
Não queremos ser como a rainha que tinha a intenção apenas de constatar a sua beleza. Precisamos ser e agir mais como o espelho mágico, que é coerente com sua concepção e vê a avaliação como prática social, intencional e comprometida com uma visão de mundo.
E finalmente, um recadinho para aqueles que se propõem a serem avaliados: estejam preparados para ouvir todas as opiniões, as boas e as nem tão boas assim, e principalmente, não se empolguem demais com os elogios a ponto de transformar-se na rainha que só quer constatar o que já existe e acima de tudo, não se melindrem com as críticas a ponto de transformar a avaliação em um mal estar geral!
O segredo é aceitar tanto elogios quanto críticas de forma a transformá-los em reflexão comprometida com a melhoria das condições de trabalho, almejando assim, a tão sonhada educação de qualidade!

Fonte: http://professoramagna.blogspot.com/

sábado, 19 de novembro de 2011

A Avaliação

A avaliação na educação de infância é particularmente desafiadora. Sendo uma das tarefas mais complexas, a avaliação das aprendizagens do desenvolvimento de cada criança é seguramente uma das mais importantes no processo educativo.
A regulação dos processos de ensino-aprendizagem implica a recolha e a análise do máximo de informação sobre as situações pedagógicas e os intervenientes envolvidos, no sentido de tomar decisões que potenciem a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças.
A avaliação na educação pré-escolar é um elemento integrante e regulador da prática educativa, que implica procedimentos adequados à especificidade deste nível de educação.
Baseada num processo contínuo de análise, que sustenta a adequação do processo educativo às necessidades de cada criança e do grupo, a avaliação pressupõe uma tomada de consciência da acção, devendo ter em conta os seguintes princípios:
  • Coerência entre os processos de avaliação e os princípios de gestão do currículo definidos nas “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”;
  • Utilização de técnicas e de instrumentos de observação e de registo diversificados;
  • Carácter marcadamente formativo da avaliação;
  • Valorização dos progressos da criança.
  • Circular n.º 17/DSDC/DEPEB/2007 [PDF]
  • Documento “Procedimentos e Práticas Organizativas e Pedagógicas na Avaliação da Educação Pré-Escolar” [PDF]
Fonte: http://www.min-edu.pt