Este blogue é um espaço de partilha, de promoção de experiências para que continuemos a caminhar fortes, neste percurso da educação de Infância



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segunda-feira, 27 de junho de 2011

AnimaisA companhia de animais domésticos é bastante benéfica para as crianças, que encontram nos cães ou gatos um companheiro de brincadeiras amigo e divertido.

Para evitar problemas, as crianças devem ser educadas desde pequenas no a respeitar os animais, de forma a que mais tarde possam cuidar do seu pequeno amigo de 4 patas. Assim, deverá desde já ensinar seu filho a:
- nunca puxar o pelo ou as orelhas do animal, porque se sentir dor poderá morder ou arranhar;
- não tocar no animal enquanto ele estiver a comer;
- não perturbar o animal quando ele estiver a dormir;
- nunca se aproximar de um cão ou gato que não conheça ou que encontra na casa dos outros ou na rua;
- quando um cão baixar as orelhas ou rangir os dentes é melhor afastar-se devagar o quanto antes, pois ele pode atacar sem pré-aviso;
- nunca sair a correr na frente de um cão desconhecido pois pode provocar no animal uma reação de agressividade.
A presença de um animal em casa, junto com seu filho pequeno exige que se respeitem certas regras higiênicas: o animal deve ser regularmente vacinado; o local onde dorme deve ser sempre limpo; não permitir que o animal durma no quarto de seu filho; e dar banho regularmente 1 vez por semana.

 Autor: fcorreia

domingo, 19 de junho de 2011

A contextualização das aprendizagens na vivência concreta, real, quotidiana, familiar, cultural, local, regional… dos alunos, a centração na sua pessoa e naquilo que a envolve, constitui um dos princípios mais evidentes na organização dos currículos ocidentais, não sendo a nossa excepção.

Está, pois, este princípio presente em todos o níveis de escolaridade – desde a educação de infância ao ensino superior – e em todas as áreas ou unidades disciplinares e não disciplinares, sendo claramente explicitado nos documentos curriculares e programáticos, nos manuais escolares, nos planos e projectos que se fazem ao nível da escola.

Reparo que este princípio é repetido e fortemente elogiado como forma de interessar e motivar os alunos, de tornar as suas aprendizagens verdadeiramente significativas e de desenvolver competências práticas.

Autor: @ De Rerum Natura
Ensinar pode impedir a compreensão?
“Cada vez que se ensina prematuramente a uma criança algo que ela poderia ter descoberto por si, ela fica impedida de a inventar e, por isso, de a compreender completamente” (Jean Piaget, 1937).

Esta foi a frase do biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, Jean Piaget (1896-1980), constante sua obra La construction du réel chez l'enfant, datada de 1937, que Nuno Crato recordou e discutiu na sua crónica do Semanário Expresso, de 20 de Dezembro do ano passado.

Trata-se duma frase que é frequentemente invocada como argumento de autoridade por académicos e responsáveis por políticas educativas: se Piaget escreveu o que escreveu, então, é verdade. E o que é que é verdade?

É verdade que a criança não deve ser ensinada, ou seja, direccionada para determinada aprendizagem pelo professor, porque, quando se encontra no momento apropriado para a fazer, é capaz de a fazer autónoma e criativamente (por si só e em colaboração com outras crianças) sendo que (só) desta maneira, atinge a compreensão.

Esta ideia de Piaget aparece reforçada numa outra obra de 1969 - Psychologie et Pedagogie -, que foi apresentada como “A resposta do grande psicólogo aos problemas do ensino”. No tópico dedicado aos métodos activos, este autor adverte para o facto de as actividades educativas proporcionadas à criança não deverem ser entendidas apenas como manipulação de objectos, mas também e, principalmente, como reflexão, abstracção e exploração verbal. Terão, no entanto, de ser espontâneas, e não impostas, sob o risco de permanecerem parcialmente incompreendidas.

Autor: @ De Rerum Natura 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

High-Scope

High/Scope
Aprender, fazendo

High/Scope Aprender, fazendo

O conhecimento não provém nem dos objectos nem da criança, mas das interacções existentes entre a criança e os objectos (Piaget)



A Escola Raiz foi umas das pioneiras na zona de Lisboa a desenvolver o método High/Scope, criado nos EUA, no início dos anos 60, para acompanhar crianças em risco nos bairros pobres do Michigan. Começou a sua actividade apenas com crianças do pré-escolar, tendo alargando de modo sustentado as suas valências e hoje a sua prática abrange desde a creche ao segundo ciclo, ou seja, dos quatro meses aos 12 anos, sempre com o mesmo referencial educativo, adaptado e contextualizado à realidade portuguesa.
O modelo parte do princípio que a criança aprende, fazendo. Margarida Silveira, directora desta escola, explica: “Faz sentido uma aprendizagem activa por oposição à pedagogia transmissiva. Ou seja, a criança vai construindo o seu conhecimento à medida que vai fazendo as suas explorações e tendo as suas experiências. Ela não decora as coisas; primeiro faz, aprende e só depois memoriza.
As bases do modelo High/Scope centram-se na aprendizagem como processo em que as crianças agem sobre e interagem com o mundo imediato de forma a construírem o seu conceito da realidade cada vez mais elaborado. Os meninos vivem assim experiências directas e imediatas e tiram delas um significado através da reflexão, de modo a construírem esse conhecimento que as ajuda a dar sentido ao mundo. Como? Planeando o que vão fazer, realizando e revendo.
Isto torna-se fascinante quando se pensa que bebés de seis, sete ou oito meses planeiam e revêem o que realizaram. Uma das nossas preocupações é podermos criar-lhes, desde pequeninos, metodologias de aprendizagem e de estudo que são as mesmas que vão utilizar quando forem crescidos. Isto faz com que se tenham uma acção organizada com princípio, meio e fim”.

Fonte: sapo família